Jabulani? Eu?

O que você diria se ouvisse essa palavra do seu marido? Para quem esteve fora do planeta Terra nos últimos 3 ou 4 meses eu explico. Jabulani é o nome dado à bola da Copa 2010 que aconteceu na África. E o que isso tem a ver com esse post, com uma gravidez, com os assuntos postados aqui? Explico novamente.

Quando a Copa do Mundo começou, eu estava com mais ou menos 5 meses. A barriga estava dando sinais e o bebê já começava a mexer. Para mim, que sempre fui magricela e mesmo depois de ganhar um pouco mais de corpo, praticamente não tinha barriga, qualquer volume na região era perceptível. Especialmente aos olhos do meu vizinho (aquele que dorme ao meu lado toda noite)!

Depois de ouvirmos o Cid Moreira falando o nome Jabulani com a voz de Mr. M, a coisa pegou. Bernardo sempre me chamava de Jabulani. Engraçado como o humor da gente influencia. Eu não estava me sentindo feia, gorda nem nada parecido. Pelo contrário! Ao invés de achar ruim, adorei. Ele chamava e eu ficava balançando a barriga proeminente na frente dele, como um caozinho que recebe um agrado e vem abanando o rabinho. Era muito engraçada a cena!

Daí fiquei pensando nos nomes, apelidos e tipos de carinhos que os maridos usam nessa fase com suas mulheres em estados tão únicos de alterações corpo-e-mente. Eu tenho orgulho e agradeço por ter o Bernardo ao meu lado. Desde as primeiras mudanças ele fala que estou linda, radiante e fico mais linda a cada dia que passa. Tem dias em que me olho no espelho, as coxas enormes, a bunda maior ainda e ele chega ao meu lado e faz mil elogios e coloca meu ego lá em cima. Como isso faz uma diferença tremenda!

Sei de relatos tão tristes de mulheres que não puderam contar com esse apoio dos companheiros… Imagino como deve ser frustrante você estar em um processo de alterações tão intenso, sem falar nos hormônios em ebulição, e ouvir coisas que agridem, que magoam.

Sinto que tirei a sorte grande porque todos os dias ouço palavras bonitas, positivas e levantadoras do meu astral. Até mesmo em meus dias e momentos de Ogra ele fica ao meu lado. E olha que a azia da reta final me transforma em um ser digno de filme do Shrek… Mas ele está sempre lá, incansável com suas palavras de amor e apoio.

Neguinho, a você, todo o meu amor e meu muito obrigada por todo o sentimento bonito que você me dedica desde sempre e, especialmente, desde que descobrimos que o Leonardo está vindo ao nosso mundinho de nós dois.

Flávia Gomes

Cavalos e sapos

Gente, estou impressionada! Fui monitorar as palavras-chave que as pessoas digitavam para cair no meu blog e me deparei com os cavalos. Cavalos? Isso mesmo! Para quem não sabe, tenho um texto sobre as emoções e os cavalos selvagens (leia aqui) e ele é o maior direcionador de buscas para este blog. Interessante, não?

Será que escrever sobre bichos dá ibope? Falando em bichos, acabei de dar uma volta em algumas lojinhas de crianças e encontrei coisinhas lindas de bichinhos. Com o Leonardo a caminho sempre que vejo bichinhos entro na loja para ver as novidades. Aliás, esse bebê já nasceu com o seu bichinho escolhido. Fico pensando que as crianças, enquanto ainda bebês não podem escolher seus próprios animais… Na verdade não podem escolher nada, né, tudo é herdado dos pais.

Lá em casa, por exemplo, o Bernardo tem loucura por sapos. Sapos? É. Sapos. No começo eu ficava pensando, um bicho tão feinho, como alguém pode ser apaixonado por eles? Bem, algum tempo depois, eis-me aqui, encantada com esses bichinhos da natureza. Ele tem uma história com ele. Não é sem razão. Até o apelido vem dos verdinhos: Pim, de sapim. Mas eu comecei a gostar de tanto ver a coleção dele. São tantos sapinhos lindos e das mais variadas formas que comecei a gostar de verdade. E o sapo é bem legal, ainda tem aquela história que no final eles viram príncipes… E pesquisando, acabei descobrindo que os sapos têm sido símbolo de prosperidade, saúde e abundância em algumas culturas; e de fertilidade em outras. Em qualquer uma delas estamos bem.

Quando descobrimos que estávamos grávidos, encontramos um desses quiosques de adesivos. E adivinhe o que encontramos? Uma família de sapos! A família é por nossa conta, mas é que havia um sapão, um sapo médio e um sapinho. Pronto! O papai, a mamãe e o bebê que estamos esperando. Levamos e colamos os três na parede do jardim. E não é que ficou uma graça? Daí a ganharmos presentes para o bebê com estampas de sapinhos não demorou. Até o kit do trocador, belissimamente feito pela minha sogra, tem motivos de sapinhos.

Conversando com algumas amigas-mamães, descobri que é assim mesmo. São leões, girafas, elefantes ou outros animais escolhidos pelos pais e apresentados às pobres crianças que não tem outra escolha senão gostar. Penso mesmo que elas acabam gostando, já que passam horas olhando aqueles bichinhos que são sempre encantadores e que habitam seus quartinhos, brinquedos e roupinhas.

Agora é esperar para ver o que o pequeno Leonardo vai escolher para amar do fundo do coração.

Flávia Gomes